Fábulas e Psicodelia
Wednesday, July 08, 2009
Thursday, July 02, 2009
Earth Song
E quanto ao amanhecer
E quanto a chuva
E quanto a todas as coisas Que você disse que conquistaríamos
E quanto aos campos de batalha Ainda há tempo?
E quanto a todas as coisas Que você disse serem suas e minhas
Você já parou para ver
Todo o sangue que já derramamos
Você já parou para ver
Esta Terra que chora, está se desfazendo
Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh
O que fizemos ao mundo
Olhe o que fizemos
E quanto a toda a paz
Que você prometeu ao seu filho
E quanto aos campos florescendo
Ainda há tempo?
E quanto a todos os sonhos
Que você disse serem seus e meus
Você já parou para ver
Todas as crianças mortas na guerra
Você já parou para ver Esta
Terra que chora, está se desfazendo
Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh
Eu costumava sonhar
Que podia ver além das estrelas
Agora não sei onde estamos
Mas sei que fomos longe demais
Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh Ei, e quanto a ontem? ([E] quanto a nós) E quanto aos mares? ([E] quanto a nós) Os céus estão despencando ([E] quanto a nós) Não posso nem respirar ([E] quanto a nós) Preciso de você ([E] quanto a nós) E quanto ao valor da natureza? (ooo, ooo) É o útero do nosso planeta ([E] quanto a nós) E quanto aos animais? ([E] quanto a eles) Transformamos reinos em pó ([E] quanto a nós) E quanto aos elefantes? ([E] quanto a nós) Perdemos a confiança deles ([E] quanto a nós) E quanto as baleias que choram? ([E] quanto a nós) Debatendo-se nos mares ([E] quanto a nós) E quanto as florestas? (ooo, ooo) Queimadas apesar de nossos pedidos ([E] quanto a nós) E quanto a terra sagrada? ([E] quanto a ela) Dividida por ganância ([E] quanto a nós) E quanto ao homem comum? ([E] quanto a nós) Não Podemos libertá-lo? ([E] quanto a nós) E quanto as crianças que estão morrendo? ([E] quanto a nós) Você não consegue ouvir seus choros? ([E] quanto a nós) Onde nós erramos? (ooo, ooo) Alguém me diga porque ([E] quanto a nós) E quanto ao seu filho? ([E] quanto a ele) E quanto aos dias? ([E] quanto a nós) E quanto a toda diversão deles? ([E] quanto a nós) E quanto ao homem? ([E] quanto a nós) E quanto ao homem que chora? ([E] quanto a nós) E quanto a Abraão? ([E] quanto a nós) E quanto a morte? (ooo, ooo) Nós ao menos nos importamos? Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh Aaaaaaaaaah Oooooooooh
Monday, June 29, 2009
no final, a droga
Se, no final, a porra é sujeira,
de que vale o prazer?
Todo fim, cara no espelho,
e o diálogo com si mesma:
” — Estúpida!”
Porque eu me faço demente
e aceito o sonho
como único
universo a que pertenço.
Mas não sei andar em nuvens.
Se, no final, a euforia é o vício,
de que vale a droga?
Todo fim, corpo em pedaços,
e na reconstrução para o amor:
” — Seu Cabaço!”
samantha abreu
Wednesday, June 24, 2009
Eu não quero nada
Eu não quero nada além do amor do próximo estranho á entrar por essa portaEu não quero nada além de me dissolver na noite e perder o senso de direção
Eu não quero nada, não quero nada
Eu não quero nada, não, eu não quero nada
Eu não quero nada além de te seguir até não poder caminhar mais
Eu não quero nada alem de cortar até eu achar a essência
The Black Ghosts 'I Want Nothing'
Thursday, May 28, 2009
Ultimo Romance

Eu encontrei quando não quis mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr'eu merecer
Antes um mês e eu ja nao sei...
E ate quem me vê lendo o jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei
E ninguem dirá que é tarde demais,
Que é tao diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe pequena...
Lá vai
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola
Eu te encontrei e quis duvidar tanto clichê deve nao ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor
E só de te ver eu penso em trocar a minha tv
Num jeito de te levar a qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for
Que pra nós dois sair de casa ja é se aventurar
Me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar
E se o tempo for te levar eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar
Thursday, April 02, 2009
Poema da necessidade

Por Carlos Drummond de Andrade
É preciso casar João,
é preciso suportar, Antônio,
é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os homens
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar O FIM DO MUNDO.
Wednesday, February 25, 2009
Time to Pretend (MGMT)

Me sinto bruto, me sinto ríspido
Estou no auge de minha vida
Vamos fazer música, conseguir algum dinheiro
tornar modelos em esposas
Vou me mudar para Paris, injetar heroína e foder as estrelas
Você toma conta da ilha, cocaína e dos carros elegantes
Essa é a nossa decisão de viver rápido e morrer cedo
Nós temos a visão, agora vamos nos divertir
Sim, é esmagador, mas que mais podemos fazer?
Arrumar um emprego e acordar para pegar o trem da manhã?
Esqueça tudo sobre nossas mães e amigos
Nós fomos feitos pra fingir
Sentirei falta dos parquinhos, dos animais e de cavar em busca de minhocas
Sentirei falta da minha mãe do peso do mundo
Sentirei falta da minha irmã, meu pai, cachorro e casa
Sim, sentirei falta da da chatice e da liberdade e do tempo passado sozinho
Mas não ha nada que possamos fazer
O amor deve ser esquecido
A vida sempre pode recomeçar novamente
As modelos terão filhos, nós nos divorciaremos
Encontraremos mais modelos, tudo deve correr o seu curso
Nós nos sufocaremos em nosso próprio vômito e esse será o fim
Fomos feitos pra fingir